Com investimento de R$ 3 milhões, modelo de produção híbrida em estufa vertical com iluminação de LED busca otimizar o consumo de energia

AES Brasil, BeGreen e CSEM introduzem tecnologia inovadora para produção de alimentos em estufas urbanas no País

February 25, 2022

A fim de contribuir para a redução do desperdício e dos custos envolvidos no transporte alimentício, bem como reduzir as emissões de gases do efeito estufa e melhorar o aproveitamento de áreas de cultivo, a AES Brasil, por meio da sua área de P&D e Inovação, em parceria com a BeGreen e o Centro Suíço de Eletrônica e Microtecnologia (CSEM), acaba de implantar um modelo híbrido de produção hidropônica e verticalizada que utiliza iluminação de LED para potencializar a produtividade, sem agredir o meio ambiente.

Com investimento de R$ 3 milhões do programa de P&D ANEEL, o projeto, que está alinhado ao propósito da Companhia de acelerar o futuro da energia, contribui diretamente com dois importantes "D’s" para o setor elétrico: a descentralização da produção de alimentos e a descarbonização. “A iniciativa tem por objetivo descentralizar a produção de alimento, deixando-a mais próxima ao ponto de consumo, e, também, preza pela descarbonização da cadeia, ao reduzir as emissões com o transporte. Além disso, visa a reduzir o uso de defensivos agrícolas, contribuindo para a sustentabilidade do planeta”, explica Julia Rodrigues, gerente de P&D e Inovação da AES Brasil.

A expectativa é de que a produtividade da ilha vertical seja, no mínimo, três vezes maior do que a do restante da fazenda, que já produz 1,7 tonelada por mês de hortaliças, frutas e legumes livres de agrotóxicos. O diretor de Produção e Pesquisa em Desenvolvimento da BeGreen, Marco Wunderlich, explica que com a tecnologia é possível triplicar a produção. “Existem dois modelos de geração em estufa: um que permite a entrada de luz solar e outro, chamado indoor, que não permite a passagem de luz. Ao aplicarmos um modelo híbrido, utilizamos a luz solar no fotoperíodo e à noite usamos uma iluminação artificial – por lâmpadas LED – para que as plantas continuem crescendo. Combinada à maior velocidade de produção, a otimização do espaço aumenta a quantidade produzida”, afirma o executivo, enfatizando que em modelo horizontal, a cultura hidropônica produz 42 plantas por m², já verticalmente, são 120 plantas por m².

A AES buscou na parceria com o CSEM a expertise para o desenvolvimento da tecnologia necessária ao projeto. O centro de pesquisa criou uma solução capaz de simular a variação da intensidade luminosa que ocorre durante o dia. Para realizar esse complemento luminoso de forma eficiente, foi desenvolvido um sistema de otimização da energia elétrica utilizada pelos LEDs e, visando a escalabilidade desse mercado, a estrutura foi projetada para se encaixar como lego, utilizando peças leves de alumínio e ferramentas manuais.

De acordo com Fernando Mendes, Desenvolvedor de Negócios do CSEM, o desenvolvimento de uma plantação verticalizada híbrida exige um controle preciso da intensidade de luz nas diferentes camadas da estrutura. As plantas que estão sendo cultivadas nos níveis inferiores sofrem maior sombreamento e, consequentemente, precisam de mais iluminação artificial. “Um dos desafios do CSEM Brasil nesse projeto pioneiro nacionalmente foi o desenvolvimento de um sistema de LED ‘full spectrum’ que fosse programável automaticamente de forma remota, a partir da variação da luz solar. Outro ponto importante foi o desenvolvimento de um sistema de custo reduzido, que visa aproximar o resultado do projeto de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] de uma aplicação comercial", destacou.

O projeto piloto promete mais sustentabilidade para o futuro das plantações no Brasil. As lâmpadas de LED são até 80% mais econômicas do que as convencionais e compensam a utilização de iluminação artificial em plantações verticais por serem muito mais produtivas. Além disso, a cultura hidropônica, utilizada pela BeGreen desde a sua criação, reduz o gasto de água em 90%. Em média, uma hortaliça produzida de forma convencional gasta 60 litros d’água, enquanto na produção hidropônica, a mesma hortaliça gasta apenas 6 litros d’água até ser colhida. “Esse projeto coloca a BeGreen, mais uma vez, na vanguarda da tecnologia aplicada à produção no Brasil e vai viabilizar a implantação de fazendas urbanas em espaços antes inimaginados”, conclui Marco Wunderlich.

 

Sobre a AES Brasil

Acelerando o futuro da energia há mais de 20 anos, a AES Brasil é uma empresa geradora a partir de fontes 100% renováveis, que atua como plataforma integrada adaptável às demandas dos clientes. As soluções oferecidas pela companhia são customizadas, sempre buscando agregar valor e contribuir para a sustentabilidade do planeta. Atualmente, a AES Brasil conta com um portfólio de ativos 100% renováveis com uma capacidade instalada total de 4,4 GW, sendo 2.658,4 MW hídrico, 1.435,9 MW eólico e 294,1 MW solar. Além disso, a Companhia possui em desenvolvimento parte de seu pipeline eólico e solar, ainda em negociação, que poderá adicionar até 1,5 GW de capacidade instalada. Após a finalização dos projetos em desenvolvimento e pertencentes ao pipeline, o portfólio da Companhia contará com 5,9 GW de capacidade instalada.

 

Sobre a BeGreen

 Nasceu em 2017 do sonho de criar a primeira fazenda urbana da América Latina. Hoje são cinco:  no Boulevard Shopping (Belo Horizonte), na Mercedes-Benz (São Bernardo do Campo), no Via Parque Shopping (Rio de Janeiro), na sede do iFood (Osasco) e no Parque D. Pedro Shopping (Campinas). Atualmente conta com tecnologias capazes de produzir mais de 200 mil pés de hortaliças por mês, o que representa 11 toneladas de alimentos livres de agrotóxicos.

A BeGreen é vencedora dos prêmios Consciência e produção sustentável (Prêmio Abrasce na categoria Newton Rique, 2017), Responsabilidade social (Prêmio Latin American & Caribbean Shopping Center Awards, 2017), Melhor projeto sustentável dentro de shoppings centers no mundo (Prêmio Viva Awards ICSC, 2018) e Sustentabilidade (Prêmio ELA, concedido pela Daimler à fazenda na Mercedes-Benz em São Paulo, 2020). Para saber mais acesse www.begreen.farm.

 

Sobre o CSEM Brasil

Unidade brasileira do Centro Suíço de Eletrônica e Microtecnologia, inaugurada em 2006, com o apoio do Governo de Minas através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), como um centro de pesquisa aplicada, privado e sem fins lucrativos. Com foco na geração de valor por meio da inovação para a indústria nacional e especializado em desenvolvimento de micro e nanotecnologias, engenharia de sistemas, microeletrônica e tecnologias de comunicação, o CSEM Brasil oferece soluções inovadoras baseadas em conhecimento de mercado e expertise tecnológica. Para saber mais, acesse csembrasil.com.br.

 

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